
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
SITUAÇÃO......CIDADE.......Y........CAMPO..........(1970)
.jpg)
............. SITUAÇÃO ................. CIDADE .......... Y .............. CAMPO ..................(1970). 72 ÷ 9 = 8 8 = energia condensada Energia condensada = Pão = 8 pacotes de bisnaga/pão
Local de Realização do Trabalho: sobre uma estrada que divide em duas a Lagoa de Marapendi, situada entre o Mar e a Montanha.
Trajeto...........................
Copacabana, Ipanema, Leblon, Av. Niemeyer, Barra da Tijuca, Jacarepaguá.
Trabalho realizado na Guanabara (Brasil) 1970.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
DEFL .... - SITUAÇÃO- +S+ ....RUAS ...

DEFL ........... -SITUAÇÃO- +S+ .............. RUAS ..............
DEFLAGRAMENTO DE SITUAÇÕES SOBRE RUAS.
(OUTRAS SUPERFÍCIES INCLUÍDAS) PROJETO:
LANÇAMENTO DE 500 SACOS DE PLÁSTICOS CONTENDO:
Sangue, Pedaços de unhas, Saliva (escarro), Cabelos, Urina
(mijo), Merda, Meleca, Ossos, Papel higiênico, utilizado ou
não. Modess, Pedaços de algodão usados, Papel úmido,
Serragem, Restos de comida, Tinta, Pedaços de filme (negativos), Etc.
OBJETIVO: FRAGMENTAÇÃO DO COTIDIANO EM FUNÇÃO DO
TRANSEUNTE.
NA REALIZAÇÃO DO PROJETO FOI USADO um carro utilitário,
tendo como motorista Luiz Alphonsus e no registro fotográfico
César Carneiro, eu, Barrio, ocupei-me do lançamento dos sacos
nos logradouros escolhidos; o início da ação deu-se às 10 hs. da
manhã, sendo que a tática usada foi a seguinte:.............avanço
a pé por uma rua em meio aos transeuntes carregando um saco
(como usados para farinha, 60kg) repleto de objetos deflagradores e,
quando chego ao local determinado, despejo-o em plena via pública,
continuando a caminhar; logo após, César Carneiro registra a reação
dos passantes, etc., em 6 ou 7 disparos, caminhando logo em seguida
para o carro (UTILITÁRIO) que numa rua transversal nos espera, com
o motor ligado.
DOS ASPECTOS:
1) DE CONSIDERAR OS SACOS (OBJETOS DEFLAGRADORES)
COMO CENTROS ACUMULATIVOS ENERGÉTICOS.
2) DE TEMPERATURA: QUENTE - FRIO - GELADO - MORNO
- MUITO QUENTE - (DO LIXO).
3) PSICOLÓGICOS
4) 20% dos SACOS (OBJETOS DEFLAGRADORES) continham
uma fita gomada datada e assinada por mim.
5) Numa das intervenções, numa rua da Tijuca, um transeunte
interessou-se vivamente pelos sacos (objetos deflagradores) e
pediu-me um perguntando o que representavam, já que em princípio
pensou que eram despachos; respondi-lhe que não, que o que ele
tinha nas mãos era arte, ao que prontamente respondeu que tinha
gostado e que portanto iria levá-lo para casa.
6) Na Praça General Osório, uma mulher ofereceu-me um sanduíche.
7) É necessário notar que em diversos locais, em razão das ruas
não serem movimentadas, não houve necessidade de usar tática
alguma, ou melhor, a tática era a descontração; o que não aconteceu,
por ex., na av. Copacabana, av. Rio Branco, praça Saenz Peña, outras
ruas do centro da cidade, lagos do Museu de Arte Moderna, etc.
8) O término de Deflagramentos, foi justamente nos lagos do Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro às 16 hs.
9) Os pontos aonde foram deixados os sacos (objeto deflagradores), criaram
entre si continuidades elétricas.
Rio de Janeiro, primeira quinzena de
abril..............1970........................
SITUAÇÃO ......ORHHHHH.......1969

SITUAÇÃO.................ORHHHHHH.................
...................................OU..................................
.....5.000 .....T.E. .......EM ......N.Y. .....CITY ........
....................................................................1969.
ESTE TRABALHO DIVIDE-SE EM DUAS FASES:
1) FASE INTERNA:
realização no Salão da Bússola, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Interferência no regulamento do Salão por obstruir meus trabalhos (1 saco de papel com pedaços de jornal, espuma de alumínio e um saco de cimento velho), transformando-os em lixo e automaticamente em uma obra (trabalho) de transformação contínua, anulando, assim, totalmente, o conceito germinação obra acabada. A atuação na noite de 5.11.69, transformou os conceitos petrificados que comumente acompanham as obras expostas em salões, em evolução.
Após um mês de exposição, em que os visitantes participaram ativamente neste trabalho, ora jogando mais detritos sobre as T.E. (Trouxas ensangüentadas) e o lixo, ora dinheiro, ora escrevendo sobre o tecido das T.E. palavrões.
Após, meti um pedaço de carne nas T.E.
No término da exposição, todo o material foi transportado para a parte externa do museu e colocado sobre uma base de concreto (nos jardins), reservada às esculturas consagradas.
2) FASE EXTERNA:
transporte do lixo (meu trabalho), de 1) para 2), dentro de um saco (usado para o transporte de farinha/60kg), para a base de concreto reservada a uma escultura consagrada e adquirida pelo M.A.M. do Rio.
Abandono desse trabalho no local às 18hs.
No dia seguinte, fui informado, ao voltar ao M.A.M. que os guardas do M.A.M. tinham ficado no maior reboliço, devido às T.E. terem provocado a atenção de uma rádio-patrulha que periodicamente passava pelo local, /..........imediatamente, os policiais telefonaram ao diretor do M.A.M. para saberem se aquele trabalho pertencia realmente ao museu, ou, o que era aquilo.............
Como a burocracia do M.A.M. impedia uma pronta resposta e conseqüente ação de seus guardas, só no dia seguinte, às 13 hs., é que o trabalho foi retirado e recolhido aos depósitos de (lixo) do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
SITUAÇÃO T/T, 1........................1970



terça-feira, 21 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
LAMA/CARNE/ESGOTO
LAMA / CARNE / ESGOTO
O que procuro é o contato com a realidade em sua totalidade, do tudo que é renegado, do tudo que é posto de lado, mais pelo seu caráter contestador; contestação essa que encerra uma realidade radical, pois que essa realidade existe, apesar de dissimulada através de símbolos.
Em meus trabalhos, as coisas não são indicadas (representadas), mas sim vividas, e é necessário que se dê um mergulho, que se mergulhe/manipule, e isso é mergulhar em si. O trabalho tem vida própria porque ele é o todos nós. Porque é a nossa realidade do dia-a-dia, e é nesse ponto que abro mão de meu enquadramento como "artista", porque não sou mais, nem especificamente necessito de qualquer outro rótulo e isso, claro, estende-se ao trabalho pois ele não pode ser rotulado, pois não necessita disso nem existem quaisquer outras palavras que o possam enquadrar, pois o que acontece é que o tudo e o nada perderam o sentido de ser.
Portanto, esses trabalhos, no momento em que são colocados em praças, ruas, etc, automaticamente tornam-se independentes, sendo que o autor inicial (EU), nada mais tem a fazer no caso, passando esse compromisso para os futuros manipuladores/autores do trabalho, isto é:....Os pedestres, etc.
O trabalho não é recuperado pois foi criado para ser abandonado e seguir sua trajetória de envolvimento psicológico.
Já realizei alguns trabalhos através de toda a cidade do Rio de Janeiro, fazendo o envolvimento dessa cidade, pois em alguns desses trabalhos usei mais de 500 sacos (peças), espalhando-os por vários pontos diferentes entre si. Nessa dispersão de elementos deflagradores, o importante é que o envolvimento é total, em todos os pontos, ao mesmo tempo, sem um ponto único definido, criando pólos de energia entre si.
Belo Horizonte, 20/04/70
sábado, 18 de outubro de 2008

do mesmo, pois é lá onde se encontram quase que em estado
bruto o germinar das idéias para consequentes realizações
das mesmas. CadernosLivros começou como trabalho em
1966 sendo que o material referente a 66/67/68 e uma parte
de 1969 foi utilizado por mim, Barrio, durante a realização do
trabalho processo 4 dias e 4 noites - maio 1970 - pelas ruas
da cidade do Rio de Janeiro, sendo que esse material foi
colocado sobre as capotas de alguns carros estacionados
em diferentes locais dessa cidade. CadernosLivros têm ligação
direta como material e suporte com a teoria desenvolvida
por mim (1969) no referente à realidade socio-econômica
da América Latina e consequente atuação no meio artístico.
CadernosLivros têm como conteúdo Textos/Projetos/Documentos/
Trabalhos/Reflexões/Ensaios/Anotações/Divagações//Contos/
Idéias/Fragmentos de Idéias/ Desenhos/Colagens/etc.________
CadernosLivros têm em si a quase totalidade da documentação.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Você tem Tempo para temas ?
Eu não tenho Tempo para temas.
Do you have Time for temas ?
I don’t have Time for temas.
Porque / because: .........................
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
Artur Barrio / 2008 Julho
Assinar:
Postagens (Atom)